segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O VELHO MARUJO


Valsa dos ventos, as velas
Singra o barco, além mar
Destinos incertos, liberdade, limites
Certo, o horizonte a lhe guiar.

Mistérios de um velho marujo
A austeridade e a mansidão
A pele marcada, o legado do tempo
Extrai seus motivos da solidão.

Define a vida, o espaço próprio
Sua presença ínfima na imensidão
Consciente, desafia o mundo
Em devaneios, clama por proteção.

O convés, símbolo, comando
A natureza, respeito, lição
O momento presente, conhecimento
O desconhecido, coragem, paixão.

Na busca incansável por seus deuses
O velho marujo reverencia o mar
Traz em seu íntimo o conforto
Verdade no rosto e certeza no olhar.

Claudio Cacioli

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