quinta-feira, 31 de julho de 2008

Fanatismo

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim!..."



Florbela Spanca

Mote

Apartaram-se os meus olhos
De mim tão longe.
Falsos amores,
Falsos, maus, enganadores!

Tratam-me com cautela
Por me enganar mais asinha;
Dei-lhe posse da alma minha,
Foram-me fugir com ela.
Não há vê-los, nem há vê-la,
De mim tão longe.
Falsos amores,
Falsos, maus, enganadores!
Entreguei-lhe a liberdade
E, enfim, da vida o melhor.
Foram-se e do desamor
Fizeram necessidade.
Quem teve a sua vontade
De mim tão longe?
Falsos amores,
E tão cruéis matadores!

Não se pôs terra nem mar
Entre nós, que foram em vão,
Pôs-se vossa condição
Que tão doce é de passar.
Só ela vos quis levar
De mim tão longe!
Falsos amores
- E oxalá que enganadores!

Luís Vaz de Camões

Esquecimento

Esse de quem eu era e era meu,
Que foi um sonho e foi realidade,
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.

Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!

Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...

E desse que era meu já não me lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos...!

Florbela Espanca

O guardador de rebanhos

Num meio dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra,
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.


Tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras,
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem


E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.

Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!


Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três,
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz


E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz no braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras nos burros,
Rouba as frutas dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.


A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas,
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.


Diz-me muito mal de Deus,
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia,
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.

Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que as criou, do que duvido" -
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
mas os seres não cantam nada,
se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres".
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
..........................................................................

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.


A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.


A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos a dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.


Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.


Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios,


e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade


Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.


Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos,
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
.................................................................................

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu no colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
....................................................................................

Esta é a história do meu Menino Jesus,
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?

Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

Viver não dói

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é
desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias se ela estivesse
interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o
desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
( Carlos Drumond de Andrade )

Desiderata

Vá placidamente por entre o barulho e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio.
Tanto quanto possível, sem capitular, esteja de bem com todas as pessoas.
Fale a sua verdade calma e claramente; e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes; também eles têm sua história.
Evite pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito.
Se você se comparar a outros, pode tomar-se vaidoso e amargo; porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores a você.
Desfrute suas conquistas assim como seus planos.
Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde; é o que realmente se possui na sorte incerta dos tempos.
Exercite a cautela nos negócios; porque o mundo é cheio de artifícios.
Mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe; muitas pessoas lutam por altos ideais; e por toda parte a vida é cheia de heroísmo.
Seja você mesmo.
Principalmente não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor; porque em face de toda aridez e desencantamento ele é perene como a grama.
Aceite gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência às coisas da juventude.
Cultive a força do espírito para proteger-se num infortúnio inesperado.
Mas não se desgaste com temores imaginários.
Muitos medos nascem da fadiga e da solidão.
Acima de uma benéfica disciplina, seja bondoso consigo mesmo.
Você é filho do Universo, não menos que as árvores e as estrelas.
Você tem o direito de estar aqui.
E, quer seja claro ou não para você, sem dúvida o Universo se desenrola como deveria.
Portanto, esteja em paz com Deus, qualquer que seja sua forma de concebê-lo e seja qual for a sua lida e suas aspirações, na barulhenta confusão da vida, mantenha-se em paz com a sua alma.
Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este é ainda um mundo maravilhoso.
Esteja atento. Empenhe-se em ser feliz.


Sabrina

Receita de jovialidade

Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência.
Isso inclui idade, peso e altura.
Deixe o médico se preocupar com eles.
Para isso ele é pago.
Freqüente, de preferência, seus amigos alegres.
Os de "baixo astral" puxam você para baixo.
Continue aprendendo...
Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.
Não deixe seu cérebro desocupado.
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.
E o nome do diabo é Alzheimer.
Curta as coisas simples.
Ria sempre, muito e alto.
Ria até perder o fôlego.
Lágrimas acontecem.
Agüente, sofra e siga em frente.
A única pessoa que acompanha você a vida toda é você mesmo.
Esteja vivo, enquanto você viver!
Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: família, animais,
lembranças, música, plantas,um hobby, o que for.
Seu lar é o seu refúgio.
Aproveite sua saúde.
Se for boa, preserve-a.
Se está instável, melhore-a.
Se está abaixo desse nível, peça ajuda.
Não faça viagens de remorso.
Viaje para o Shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas
não faça viagens ao passado.
Diga a quem você ama, que você realmente os ama, em todas as oportunidades.
E lembre-se sempre que:
“A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos
momentos em que você perdeu o fôlego:
de tanto rir...
de surpresa...
de êxtase...
de felicidade..."
"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há
também aquelas .
... que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol"
(Pablo Picasso)

***TEM COISA MELHOR???***

*Se apaixonar pela pessoa certa e ser correspondido.
*Chorar de rir.
*Um banho quente num dia de muito frio.
*Sem limites em um supermercado.
*Aquela encarada de fazer tremer.
*Receber e-mail de alguém que você gosta e que não manda nunca.
*Dirigir por um lindo caminho.
*Escutar sua música favorita tocar no rádio.
*Deitar na cama e escutar a chuva cair.
*Sentir o cheiro de terra molhada.
*Pegar aquela chuva de verão e dar um beijo na chuva.
*Tomar aquele banho e dormir na sua própria cama depois de acampar durante 4 dias.
*Toalhas ainda quentes, recém passadas.
*Descobrir que a blusa que você quer está em promoção pela metade do preço.
*Um milk shake de chocolate.
*Uma ligação de alguém que está distante.
*Um banho de espuma.
*Uma boa conversa.
*Achar uma nota de R$ 50 no casaco do inverno passado.
*Rir de você mesma (o)...
*Ligações depois da meia-noite que duram horas, horas e horas....
*Ter motivos de sobra pra rir.
*Rir sem motivo.
*Ter alguém pra dizer o quanto você é linda(o).
*Rir de algo que acabou de lembrar.
*Amigos.
*Acidentalmente ouvir alguém
falando bem de você.
*Acordar e descobrir que ainda pode dormir por mais algumas horas.
*Gastar tempo com os velhos amigos ou fazer novos.
*Brincar com o novo bichinho de estimação.
*Ter alguém mexendo no seu cabelo. *Sonhar com coisas boas. Realizar um sonho antigo.
*Chocolate quente.
*Viajar com os amigos.
*Empacotar presentes debaixo da arvore de Natal enquanto come biscoito de chocolate.
*Letras de música no encarte do seu novo CD pra poder cantar junto sem se sentir tão idiota.
*Ir a um ótimo show.
*Encarar um(a) lindo(a) desconhecido (a).
*Ganhar um jogo super disputado.
*Fazer bolo de chocolate e raspar a calda de panela.
*Ganhar dos amigos biscoitos feitos em casa.
*Segurar na mão de alguém que você realmente gosta.
*Encontrar um velho amigo e perceber que algumas coisas (boas ou ruins) nunca mudam.
*Ver a expressão no rosto de alguém quando abre o seu tão esperado presente.
*Olhar o nascer do sol.
*Olhar o pôr do sol.
*Simplesmente olhar o sol.
*Conseguir enxergar essas pequenas coisas boas da vida e saber dar muito valor a isso.
* Ter sorte.
*Acordar toda manhã e agradecer a Deus por mais um lindo dia.

"Muitas pessoas pensam que a felicidade somente será possível depois de alcançar algo, mas a verdade é que deixar para ser feliz amanhã é uma forma de ser infeliz."

(Roberto Shinyashiki)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sempre é assim...

Talvez eu seja assim, dessa forma que todos me vêem,
Talvez eu tenha que ser assim, não da forma que eu pensei que seria,
Talvez o passado possa mudar o futuro, e conseqüentemente mudar o que eu era para o que eu sou agora,
Talvez a vida esteja passando e eu não seja parte dela, seria um outro ser que se derrama na consolação,
Talvez os meus sonhos sejam apenas ilusões, e o que realmente eu quero? Não interessa a quem?
Talvez o fato de ser ou estar coincida ao boato de ter ou poder,
Talvez o amor proibido seja o mais gostoso, e a falsa sensação de liberdade seja como o fel, ou vice-versa,
Talvez todas as palavras se resumem a um único gesto,
Talvez a minha paranóia ajude, ou talvez me enlouqueça de vez,
Talvez eu veja o certo de forma errada, ou vice-versa,
Talvez a música me ajude no relativo da ignorância,
Talvez eu tenha a certeza da incerteza,
Talvez a minha dúvida nunca acabe, ou talvez eu já tenha a resposta, mas não sei onde encontra-la,
Talvez eu seja o único que sempre é assim...



Jorge Fernando

Tempo...

Por que um dia sem te ver parece um mês? Por que o tempo é tão rude com quem ama? No tempo tudo é ao contrário, sem você perto de mim os minutos são horas e dias são meses... O amor poderia controlar o tempo (isso seria ótimo), assim ficaria mais fácil para os apaixonados....
E o minuto final antes da partida? Esse é um dos piores... parece até o fim do mundo de sonhos... sempre tento esquecer esse minuto... sem contar o fato de te ver de relance por alguns segundos... ahh!! esse é de partir o coração em vários pedaços... ás vezes tão perto e tão longe sem poder te abraçar, sentir o seu cheiro e beijar essa boca quente que me faz delirar...
O tempo é tão traiçoeiro que quando você estar a favor dele e ta tudo muito bem... ele vem e tira o seu prazer sem dar satisfações... então o que você faz? Não pode fazer nada, por que ele esta no comando... A minha solidão é inimiga do tempo...
Posso pensar em você horas e horas, e ver o seu nome e a sua imagem sendo fincados na minha mente me colocando numa situação de extrema necessidade da sua presença...
Por mais que eu tente, mas não consigo enganar o tempo, que todos os dias injeta uma dose do seu veneno em mim... Acho que nunca vai existir uma trégua entre o tempo e a minha pessoa... Essa guerra é eterna... enquanto eu viver prometo vida longa ao amor...
Dizem que pra tudo existe um tempo... mas esta frase ainda não me convenceu, por isso mantenho a minha tese...
O tempo deliberadamente é o carrasco...


Jorge Fernando 13/07/06

“ HÁ NATUREZA ”

Vendo o vôo livre da gaivota
Que passa o dia a voar.
Eu observo o seu jeito simples e perfeito
Com um mergulho livre
Que dá em pleno ar.
Vejo após o seu mergulho
Da água ela sair com orgulho
Por causa do peixe que conseguiu pescar.
Como é bela a natureza!
Olhando este mar
Eu fico imaginando a grandeza
Só um Deus poderia.
Um Deus que só de pensar na grandeza deste mar
Eu começo a me questionar.
Como será este Deus?
Deve ser, deve ser
Deve ser de uma forma
Que a mente humana não consegue imaginar.
Tudo isto não nasceu de repente
Só um Deus onipotente
Poderia criar tamanha beleza
Que se chama céu e mar.
É ! Isto é a natureza
O céu, o mar, a terra, o sol, a lua e as estrelas
Até o homem ele criou
E pôs na terra para procriar
Deu-lhe amor e o ensinou a amar.
Não pediu nada em troca
Só pediu para plantar e dela cuidar
E lhe disse que nela
Algum dia iria pisar.

Autor:
Antonio da Fonseca Filho.

PESSOAS QUE MARCAM

Há Pessoas Que Surgem
Na Nossa Vida Mas Não
Marcam Apenas Passam
Despercebidamente
E Quando Vão Embora
Não Deixam Com a Gente
Doces Lembranças de Outrora

Mas Há Pessoas Que Marcam
A Nossa Vida de Uma Forma
Tão Intensa Sem Querer
Que Não Sabemos o Porquê
Mas Elas Simplesmente Não
Passam Permanecem Enraizadas
Que Quanto Mais Você Tenta
Extirpar Mas Ela Caminha
E Vai se Aprofundando
Sempre e Mais Um Pouco
No Nosso Coração Penetrando
Sem Que Possamos Evitar

Há Pessoas Que Não Saem
Da Nossa Vida e Mesmo
Sem Estarem Próximas
Elas se Fazem Presentes
E Ficam Assim Eternamente
Sem Que Exista
Jamais Uma Despedida
Porque São pessoas
Que Marcam... Marcam
Para Sempre a Nossa VIDA!
Obrigada Por VOCÊ Existir!

(AUTOR DESCONHECIDO)

O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
Charles Chaplin


Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar
a vida com paixão, perder
com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem se atreve...
A vida é muita para ser
insignificante.
Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.



Charles Chaplin

NOSSA HISTÓRIA

Amar-te foi a melhor coisa que me aconteceu,
Amar-te e saber que um dia o teu amor foi meu.
Nada foi, é ou será tão lindo quanto o amor que vivemos,
Amor sincero, puro, verdadeiro e tão intenso.
Nunca fui tão feliz quanto fui nesses meses
Que passamos juntos, vivendo uma linda história de amor.
História que se iniciou de forma tão bonita,
Sem precisarmos forçar nada,
Pois há tempos já esperávamos esse encontro.
Nossas almas buscavam ansiosamente
Uma pela outra, afinal são almas gêmeas.
Foi muito belo o início do nosso namoro
E mágico cada um dos nossos encontros.
Não dá para expressar a emoção que sentia
Cada vez que me dizia olhando em meus olhos
Eu te amo, minha alma gêmea, meu lírio branco.
Nem cada vez que me abraçava, me beijava
E ficava olhando e acariciando meu rosto
Como se só existisse eu e você no mundo e,
Como se fosse a última vez.
Mas a maior de todas as emoções,
O maior de todos os sonhos
Foi o de que nos casaríamos
E viveríamos para sempre como marido e mulher.
Estaríamos eternamente um ao lado do outro,
Vivendo nosso grande amor.
Porém como quase todas as histórias de amor,
Nossa história teve um trágico fim,
Acabando com os sonhos e projetos
Que com tanto amor criamos para nós.
Restou apenas a tristeza, a dor da solidão,
O desespero de pensar que nunca ficaremos juntos,
Que um dia nem nos ver mais poderemos,
Que nunca recuperaremos o que se perdeu,
A dor da saudade de ouvir palavras de amor
Que tantas vezes foram ditas,
Mas que com o tempo se acabou,
A dor do desejo de estar perto e não poder estar,
Do desejo de olhar em teus olhos e dizer-te
Eu amo você, você é minha vida, minha alegria,
O homem que quero ao meu lado,
Meu primeiro e único amor.
Mas diante de tudo o que aconteceu
Já não tenho mais coragem de fazê-lo,
Até nossa cumplicidade e compreensão
Parece que se foi,
Juntamente com nossos sonhos.
O único sentimento que restou
E, este, com certeza nunca se acabará,
É o AMOR que existe em nossos corações,
O AMOR que senti




AUTORA: LÉIA ALVES DORNELAS

Das cinzas renascer

Tudo que é bom pode morrer,
Mas o maravilhoso pode renascer,
E das cinzas aparecer,
Um universo melhor vai acontecer,
Quando dentro de nós surgir
Uma luz do interior!
Pois somos vaso de barro moldados,
Em cada instante de lamentação,
Em cada ferida na emoção,
Em cada flecha no coração!
Busquemos a presença do nosso escultor,
Que na verdade nos faz um favor,
Para nos deixar mais semelhantes ao criador,
Com suas mãos trabalhando nossa escultura,
Para deixar nossa alma mais pura.
Pois grande é sua misericórdia
Trabalhando sempre na nossa discórdia.
Deixemos as mãos Dele nos moldar
Parando-nos de reclamar,
Com as solicitudes da vida,
Com as perdas da alma sofrida,
Vamos das cinzas renascer,
Para dentro de nós, Deus aparecer!

Carlos Eduardo Velozo

PENSANDO EM VOCÊ


Estive pensando em você,
No seu sorriso,
No seu olhar,
No seu jeito meigo e carinhoso.
Estive pensando em nós,
Em nossos abraços,
Nossos beijos,
Nosso amor.
Quando estou com você
Tudo fica mais bonito,
Mais alegre e radiante.
Quando estou com você
Sinto-me protegida,
Realizada,
Amada,
Sinto-me mulher.
Quando estou com você
Desejo que o tempo pare,
Para que não tenhamos
Que nos separar.
Mesmo estando longe
Tenho você perto,
Pois o carrego em meu coração
E nos meus pensamentos.
Você deu uma nova
Razão à minha vida,
Dando-me a felicidade
De amar e ser amada
Por você,
Alguém tão especial.

AUTORA: LÉIA ALVES DORNELAS

A verdadeira sabedoria

O que sabemos é uma gota d'água.
O que ignoramos é um oceano.
Mas o que fazer neste mundo profano?
Que só fala em crise a cada ano.
Temos que buscar o verdadeiro conhecimento,
Que é a sabedoria que vem do alto,
Temos que parar de ficar com muito lamento,
Buscando a sabedoria lá do alto,
Temos que ser sábios na ação
E muito mais na reação!
A vida é feita de atitude,
Mas ficamos apenas na solicitude.
Precisamos buscar do alto a sabedoria,
Para a nossa alma não ficar vazia.
Afinal o que sabemos não é nada,
Melhor ficarmos com a boca calada!
A verdadeira sabedoria é suprema
E conhecimento tem que ser um lema.
Estima-a e ela te exaltará,
Abraça-a e ela te honrará.
Temos que ser nela firmes,
Assim a vida será mais sublime.
Pois a sabedoria que ignoramos,
Vem de Deus que precisamos.
Pois o homem inteligente,
É aquele que planta uma semente,
De conhecimento na mente
E encontra Deus realmente.

Carlos Eduardo Velozo

##RE-PASSANDO##


RE-PASSANDO


A vida passa...
COM ela passa ações realizadas.
VERDADES reveladas ou segredos guardados.
PASSA os anos dourados,os ânseios,desejos de liberdade...
VOAR, ir além da montanha encantada.
ISTO também passa...


DESCOBRIR o mundo ,onde tudo é belo.
E os encantos que são tantos ,enebria , seduz...
QUE pena...também passa...
SÓ não passa esta vontade de continuar sonhando...
QUE tudo poderia ser uma doce realidade.
SER a mais pura verdade!
PODERIA...mas não é!!!


VOCÊ !!!é o destino ingrato ,disfarce dos fatos.
MOSTROU sem retoques,que o rosto de agora,
nada tem da inocência que o tempo levou embora.
DESNUDOU,mudou, deixou sem aquela magia.
SEM o encanto que fazia,o coração transbordar.
SÓ resta um mundo desnudo,mudo, sem cor e sem beleza...
MAS é o mundo onde a realidade faz parceria, é bem verdade...
com a insensibilidade,o desencanto,e faz dos sonhos tema.
PARA versos em poesias, que sempre nos trazem encantos...




Texto; Nicéia jadanhi fagotti
06/08

##> ALERTA<##

QUANTAS VEZES...HÁ QUANTAS VEZES.
NÃO TIVEMOS TEMPO DE OUVIR O QUE O OUTRO TINHA A NOS DIZER!
HÁ QUANTAS VEZES...DEIXAMOS DE DIZER
OU DE EXPRESSAR NOSSAS EMOÇÕES
O QUE O NOSSO CORAÇÃO PEDIA.
PEDIA PALAVRAS DE AMOR...
E ASSIM O TEMPO PASSOU E VAI PASSAR.
E COM ELE LEVARÁ NOSSO MAIS TERNO SORRISO.
NOSSO MAIS DOCE OLHAR.
CALARÁ DENTRO DE NÓS A NOSSA MAIS BELA CANÇÃO
O MAIS BRILHANTE SOL DE PRIMAVERA IRÁ SE PERDER
A MAIS ROMÂNTICA POESIA SE PERDERÁ
O MAIS SECRETO SONHO, EM SEGREDO CONTINUARÁ.
E ASSIM COMO NASCEU ,MORRERÁ.

MAS DE DENTRO DO CORAÇÃO.
OUVIREROS A NOSSA VOZ INTERIOR QUE DIZ;
SEJAMOS FORTES,SEJAMOS ARAUTO DO AMOR
DA MAIS BELA POESIA,DO MAIS DOCE SONHO
POIS NADA É EM VÃO. QUE NÃO SE CALE NOSSA VOZ.
SEJAMOS O PERFUME DA AURORA,A DOCE VOZ QUE EMBALA
O SONETO DE AMOR AO LUAR.
SEJAMOS A DOCE E ETERNA VIDA QUE SEMPRE HAVERÁ.
POIS O AMANHÃ É LOGO ALI,VOCÊ VERÁ...





TEXTO ;NICÉIA J.FAGOTTI

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: <>
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

terça-feira, 29 de julho de 2008

Uma poesia minha...

Eu ando assim, meu amor:
O desejo aumentando...
Suspiros e devaneios,
Arfante roçar de seios,
Meu corpo está te chamando...

Percebo, dia após dia,
Que me desejas também.
E, enquanto não chega a hora,
Eu sonho, tal como agora,
Que desta vez você vem.

Que gosto terá teu beijo?
Um sabor de ambrosia
É o que estou imaginando,
Mas só saberei sugando
A tua boca macia...

Que aroma terá teu corpo?
Perfume de sedução...
Quero cheirá-lo inteirinho,
Saboreá-lo todinho,
Explodindo de paixão...

Nesta espera alucinada
Por tão ansiada festa,
Prazeres que tanto quero,
Em meu desejo sincero,
Aguardar é o que me resta.

Quero entregar-me inteira,
Com total insensatez,
Deixar-te me devorar,
E alucinadamente gozar
A nossa primeira vez...

Carla Reike

Ensaia um sorriso

Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo."

Mahatma Gandhi

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Conto sobre amizade

Dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro.
O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
"Hoje, meu melhor amigo me deu uma bofetada no rosto."
Seguiram adiante, e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.
O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo.
Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu em uma pedra:
"Hoje, meu melhor amigo salvou minha vida."
Intrigado, o amigo perguntou:
Por que, depois que te magoei, escreveu na areia, e agora, que te salvei, escreve na pedra?
Sorrindo, o amigo respondeu:
Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento e o perdão se encarreguem de apagar.
Quando nos acontece algo grandioso, devemos gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum, em todo o mundo, poderá sequer borrá-lo.

Onde você tem gravado as suas frases?



Enviado por Marcelo Cruz

domingo, 20 de julho de 2008

A ORAÇÃO DA BOA VELHINHA - PARTE II

Senhor, eu sou doida por novelas, mas elas hoje estão muito "modernas". Outro dia, meu netinho, o Paulinho, entrou de repente na sala, justamente, na hora em que, do nada, apareceu na telona coisas que me fizeram ficar "vermelha". Senhor, o Paulinho me deu a maior "bronca", mais eu sou inocente. Eu preciso de alguma coisa nova para fazer que valha a pena.
Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças. Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada ano que passa. Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir muito.
Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com paciência. Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errada em algumas ocasiões. Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis. Mas, sobretudo Senhor, nesta prece de envelhecimento peço que mantenha-me mais amável possível.
Livra-me de ser uma santarrona, pois é difícil conviver com os santos. Mas uma velha muito rabugenta, Senhor, pode ser uma obra prima do diabo!
Poupe-me!
Amém!"


Carla Rieke

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Estudo....

Emmanuel
Pergunta - Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um
homem, ou no de uma mulher? Resposta: - Isso pouco lhe importa. O que o guia na
escolha são as provas por que haja de passar. Item n° 202, de "O Livro dos Espíritos".

A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns
círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da
criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra
explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases
materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação. Observada a
ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria
heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai
crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da
Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de
irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres,
solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às
criaturas heterossexuais. A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a
compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar
quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes
mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si,
exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos
ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinqüência

A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto,
através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora
em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o
fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas.
O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente
masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta. A face
disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice
versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em
que terá estagiado por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina que
o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas
circunstâncias. Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no
renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não
apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de
ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas. O homem que abusou
das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de
uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição,
no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime
de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é
impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos
fins.

E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar
tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, conseqüentemente, na
elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria
internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela
qual transitoriamente se definem. Escolhem com isso viver temporariamente ocultos na
armadura carnal, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo
afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que
abraçam. Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa
faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado,
tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se
verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto
entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os
erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor,
são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque
todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da
consciência de cada um.

Caminhos diversos...


Gosto do seu olhar em qualquer direçao, escuto o som doce do vento e vejo vc, parada, apenas parada em minha frente, como num lugar vago em meu coraçao , imagino um momento só nosso, sem nada ao nosso redor, hoje senti sua falta como jamais tinha sentido antes, nem fui capaz de dormir, eu quero tanto estar sempre com você, mas não consigo tornar isso em algo simples, tenho vontade de segurar sua mão e começar a caminhar riscando nossa historia. Nesse exato momento quero abraçá-la mas você não esta aqui, então escrevo para tentar afastar a dor e solidão que sinto agora, mas isso parece piorar, não sinto entusiasmo algum pra nada, me pergunto se realmente quero certas coisas por esse desconhecido que estou passando.
Escuto o som de águas correndo e penso onde você esta e se talvez estas águas poderiam me levar ate você ou traze-la até perto de mim, mas sei que estas águas tem caminhos diversos e muitas vezes opostos, por isso não nado em sua direção agora, eu gostaria de poder fazer isso, mas me sinto como se não soubesse nadar nessas águas turvas. Na solidão estou procurando o caminho, confesso as vezes estar descrente de um dia feliz, mas quem não pensa essas besteiras!?!?!?



Martinez

Busca...


Guardo tanta dor
A dor de todo esse amor
Meu pranto,
não sei se vai ajudar
lá fora junto ao sol nascente
Só falta você aceita-lo
Antes que este sol se ponha
E tente levar com ele
Este amor que só você
Ainda nã viu
Meu dia-a-dia sem ti
Pesadelos acordado
Gostaria de contar-lhe tudo aqui
E desconheço a razão
Pela qual não faço isso
O amor que sinto por você
É neste momento como uma estrada
uma estrada escura e dura
Pois não sei aonde ela esta me levando
e esta dificil suportar o preço
Espero que o ponto
que marca o fim dessa estrada
seja você
Estou tentando chegar aonde você esta
Me espere, por favor
Faz tempo que parti em sua direção.

Junior

O homem é escravo do homem











(Afonso Dantas)

O homem é escravo do homem
Escravo do homem que lhe paga o salário
Escravo do homem que apresenta o jornal
Escravo do homem que escreve a novela

O homem é escravo do homem
Escravo do homem que lhe cobra o aluguel
Escravo do homem que lhe cobra a comida
Escravo do homem que lhe cobra o gás

O homem é escravo do homem
Escravo do homem que conserta o computador
Escravo do homem que conserta a internet
Escravo do homem que conserta a TV a Cabo

O homem é escravo do homem
Escravo do homem que prevê o tempo
Escravo do homem que carimba os documentos
Escravo do homem que recebe os pagamentos

O homem é escravo do homem
Escravo do homem do tempo
Escravo do homem do cartório
Escravo do homem do banco

A única escravidão que vale a pena para o homem
É a escravidão por uma mulher
Será verdade, ou serei eu, escravo dos meus desejos ?

Arame





O arame farpado feria-lhe a garganta
Confinado, o gado insistia em avançar
Poderosos garantiam-lhe água e bom pasto
Para valorizá-los.
Para escravizá-los.
Para abatê-los.

Gado não se revolta.
Pode, no máximo, estourar.
Um estouro pode até machucar.
Mas não tem sentido, não tem direção.
Gado livre é ilusão.
Preso, engorda e espera o final.
Que será de lautos banquetes.
Cuja única função sua é alimentar a boca nada faminta.
De quem lhe criou com esse fim.



Afonso Dantas


Conto Sem Título 1

___Estávamos talvez fugindo, meu pai, meu irmão mais velho e eu. Não podia ter certeza do que estava se passando, mas estávamos muito aflitos na laje de um pequeno prédio, tudo em volta estava muito agitado e não e não era possível ver a rua abaixo.

___Por algum motivo tínhamos que entrar nessa construção, e a única entrada era uma portinhola no chão, e por ali entramos, eu fui atrás, nem precisaram me chamar, a agitação ao meu redor, e minha curiosidade de garoto me fizeram descer por aquele buraco sem hesitação.

___Quando me soltei a primeira coisa que tocou meus pés foi uma fina camada de água que estava empoçada no chão. Meu pai estava com a metade de cima do corpo fora da água, pois estava descendo uma escadaria logo ao lado, e meu irmão o seguia, eu não quis ser diferente. Logo estávamos todos submersos, e procurando não sei o quê. Entrei na primeira porta que encontrei, não aguentava mais prender a respiração, para minha sorte essa porta dava para uma sala não inundada, a não ser por poças d'água. Analizando melhor, me dei conta de que estava num quarto, com armários brancos, porém sem camas, no lugar grandes sacolas negras recheadas de brinquedos e tralhas, e em meio a todo chão coberto de água estavam transitando alguns grandes, outros pequenos, ratos e todos molhados. Acho que foram os ratos que me fizeram sair daquele lugar, não me lembro por onde sai, mas já não havia vestígios de água em lugar algum, fui descendo os andares e cheguei na base daquele pequeno prédio.

___Lá em baixo, devido as paredes derrubadas, se formava um grande loft, juntando-se o primeiro e o segundo andar, nem liguei muito para o local, me interessei mais com o que encontrei: três crianças, assim como eu. Um garoto, e duas meninas. Estavam os três sentados no chão se distraindo com algo, me aproximei, não se espantaram ao me ver, o que me surpreendeu.
___Passaram-se algumas horas, e logo éramos grandes amigos, me convidaram a morar com eles, com esse convite me fizeram lembrar de algo que a pouco eu havia esquecido: meu pai e meu irmão. Onde haveriam se metido? Já os tinha perdido a muito tempo. Não me lembro quando, após submergir? Não, me lembro da imagem deles em baixo d'água. Então talvez quando entrei no quarto, só pode ser nesse momento. Acho que eu não deveria me preocupar com eles, pois são adultos, saberiam se salvar melhor que eu, por isso eles que deveriam ficar preocupados comigo, logo apareceriam.
___Aceitei o convite, pelo menos até meu pai aparecer. Me mostraram nosso quarto, só não entendi porque haveria de ter quatro camas lá, se eram em três, achei bom, assim não ficaria sem cama.
___Nos divertimos muito no resto do dia, à noite fomos dormir, peguei no sono enquanto planejava apresentar meus novos amigos para meu pai.







Ghost Writer

É boa ou ruim demais?




Quando na mais displicente das horas
Nenhuma suspeita eu tinha
Trazia apenas uns olhos curiosos
Como da criança onde o mundo é todo descoberta
Tive a exata visão do que eu queria
Passar e eu curti cada um de seus passos

Senti a tua presença atingir-me
Tal qual a ventania prenuncia tempestade
Embora o meu coração estivesse
Repleto de balões de festa
E a sensação fosse da mais plena manhã
Ensolarada na minha infância

Curti cada um de seus passos...
Ela sorriu-me de longe
(A distância de toda a minha espera)
Balbuciou meu nome...
(Ironicamente já nos conheciamos)
E foi passando no corredor da minha vida
(Como tudo tem sido...)

Deixando-me num extase contido
Ridicularmente platônico
A repetir em pensamento cada momento
Eternamente, eternamente, eternamente
Como um eco solitário
Dos amores que não são declarados.

(Carine Constantino)

Com a condição da morte.


Voltando à chuva, veio e disse: Como você incomoda, baby.
Num momento entre aspas girar o mundo é paradoxo? Tudo bem que nada pode ter sentido, ter sentido e não ter é como uma pá, que enterra o demônio pra posteriormente enterrar a Deus. Quantas pás de barro são necessárias pra enterrar com a mesma pá o que nos mata ou há de nos matar, pra sermos enterrados, mas como assim? Não sei.
Do que a alma é constituída? De água. Do que o amor é constituído? De água. Do que o corpo é constituído? Muita água. Do que o mundo é constituído? Bem, sei que é maior que nós e contém muita água. Porra, que sede.
Meus pensamentos não têm hesitado em aparecer, mas de forma brusca, sem lapidação, sem entendimento, sem posteridade, sem virtude e sem verdades.
Aí, a chuva olhou pra ela e disse: Você quem me provoca, bem!
Mas com tanta água, como pode a sede? Com tanto sentimento, como pode sofrimento? Com tanta virtude, como pode mentiras? Com tanta dor, como pode desprezo?
Mas como assim? Eu te provoco? – repetiu a moça. E a chuva morreu de dia, a moça a noite e o rapaz mais tarde, amanhecendo. Como que o coração explodisse, por uma freada contínua, uma pisada amarga e um café sem gosto.


Téo

AMORO OU LOUCURA


AMOR OU LOUCURA ?
AMOR SÓ DE UM LADO,SE TORNA ILUSÃO

Tentei sorrir,mesmo com o coração chorando eu tentei sorrir
pensei que seria fácil, um sorriso fingir,mas não consegui...
Eu não consegui

Meu coração...Guarda sentimentos que só trazem a dor
espinhos de uma rosa que jurou ser uma flor
mas só me enganou...Nunca me amou

E eu confesso...

Na estrada do deserto, passei olhando o chão
as rachaduras se igualavam com o estado do meu coração
Chorando de dor, a dor de uma ilusão...

E quem diria...Eu que pensava ser forte como um leão
me sentia sozinho no meio da multidão
Me curvei varias vezes na frente de um balcão
tomando umas e outras fugindo da solidão

O meu caminho...se tornara então uma constante loucura
e como acorda sem o sol e ir dormi sem a lua
Paixão que não tem cura...!

-Que não tem cura ???

Nesse exato momento peço desculpas a Cristo
paixão e amor é diferente não se compara a isso
Pois amar é ser amado dentro de um mesmo nível
e essa tristeza toda não faz sentido

Senhor... Dai-me forças para poder amar outro alguém
e se possível, eu quero ser amado também
não quero mais precisar chorar por ninguém

Senhor...Agradeço a aula , lição que veio pra mim
derramei muitas lagrimas,mas só assim aprendi
Que o amor não e sofrer como eu sofri
Ainda vou sorrir sem precisar fingir


(Rymante)
***********************************

Não Sei Quantas Almas Tenho


Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

..Sobrevivendo entre monstros..

Cobras por todo lado que vejo, suas línguas encharcada de puro veneno, e com seus olhos pronto pra dar o golpe final... Duendes que brincam e destoem sua mente com fantasias diabólicas, pronto para entrar na sua carne e rasgar sua pele...
Tente viver onde nada cresce, onde nada desenvolve, onde tudo é escuro, a apenas uma esperança, morra e fuja daqui o mais rápido possível, corra até suas pernas perderem o sentido e seu sua cabeça perder todo o ar, mais vão te achar, caído entre plebeus, de onde você nunca deveria ter saído... comendo o resto dos que governam e pagando de otário nas mãos de Bobos da Corte...
Um beijo e prove o mais puro e doce veneno, e você nem percebe, corre entre suas veias o caldo da morte, onde te leva aos lugares mais incríveis já visto, onde nada é nada... e você é menos ainda... brincando com as serpentes, aprenda a morrer, aprenda a matar e ganhe seu espaço entre os assassinos... ganhe o respeito, ou a fina e cortante lamina de sua espada...
Mais eles não vão te deixar em paz, se reproduzindo como baratas, eles dominam tudo e você não tem chance, quem sabe, tem piedade de sua carne e te dem a morte... o melhor presente que alguém pode ganhar por aqui, morra na mão deles e terá a honra dos homens mais bravos já existentes...
Reforce seu escudo, por que as espadas não vão parar de te atacar, amole sua espada, vai precisar dela...

Quando acordar, você vai sabe o que fazer com a espada... acabe com o sofrimento de milhares e dê a felicidade a um homem... olhe no espelho e verá seu Deus

Aprenda a viver aqui ou já esta meio morto!...



Bruno Cazotto

Caminhando......

Caminhando descalço por diamantes, sinto como se estivesse nas nuvens, no mar profundo beijo teus lábios molhados, no meio do deserto sinto o gosto do ar sufocando meu pulmão, com apenas um toque me tira o ar, toda vez que toco as nuvens olho para o lago e deixo uma lagrima cair sobre seu rosto.
Infelizes são aqueles que nunca sonharam com as rosas, caminhando sobre a grama sinto o frescor da manhã tocando meus pés nus, o vento toca meu peito rasgando minha carne e adoçando meu coração, tudo aquilo que é impossível se torna inacreditável, e o que é inacreditável se torna uns dos mais belos sonhos de uma manha de sábado.
Será que você vai me amar daqui a 50 anos? Será que eu vou brincar com meus netos ou chorando por estar só? Não importa... O mais importante no momento é tocar nas nuvens e sentir o frescor do hoje, sem pensar no amanha e nem lembrar no ontem!
Bebendo o mais puro vinho, me embriagando com sua mais pura beleza numa manha de quarta feira, Mulher não se vá tão cedo, deixe que vou em seu lugar, não deixe meu coração tão distante do seu, assim não sei se posso agüentar, preciso do teu calor, teu corpo no meu...
Mais nunca esqueça de caminhar sobre os diamantes, mesmo que caminhe sozinho, nuca pare de sorrir, o sorriso é o mais puro sentimento do homem e uns dos mais lindos do mundo, não feche a cara, não deixe as pessoas em volta triste por que esta triste traga sempre em seu rosto um sorriso longo, você vai se sentir muito bem com isso.
Nunca pare de cantar, nunca pare de dançar, nunca pare de ser feliz, mesmo que pessoas tentem estragar ou pegar isso de você, nunca se entregue sem ao menos tentar.

"Nunca me entregarei sem lutar, mesmo que se eu perder nunca irei desistir sempre lutarei, um dia ganharei" [Bruno Cazotto]

Seja você!

Obs.: Parte integrante de um curso que fizemos em nosso Templo. Refere-se a doutrina do Vale do Amanhecer e seus demais templos. Mas por sermos Espiritualistas achei interressante postá-lo...





Salve Deus!
Mas então, meu irmão, minha irmã, voltando ao nosso assunto de
hoje, se você é Homossexual, seja você mesmo, ou você mesma! Não permita
que as pessoas ditem regras sobre a sua forma de viver não, assuma a sua
condição e respeite a Doutrina do Amanhecer, os nossos Rituais, e pode ter a
certeza que você será muito feliz.
O Pai Seta Branca, o grandioso Ministro ANORO, os seus Mentores,
eles estão muito acima dessas manipulações físicas! E nenhum deles vai te
julgar não, porque todos os nossos Mentores sabem que a forma como você
vive a sua vida já está planejada e, além disso, todos os nossos Mentores são
Espíritos de altíssima hierarquia, e jamais entrariam no padrão da crítica,
mesmo se você cometesse algum ato contrário à sua Conduta Doutrinária. Eles
são “gente como a gente”!
Mesmo porque, a sua conduta como Homossexual tem implicações
somente nos seus relacionamentos conjugais e, portanto não será nunca na
área do Templo, portanto, é a sua vida, são as suas escolhas, é a sua
felicidade ou a sua infelicidade! Não permita que façam de você aquilo que
você não é!
A Doutrina é evolutiva, e a Homossexualidade é hoje uma realidade
em todos os lugares, é impossível para alguém e mais ainda para qualquer
Doutrina Religiosa querer simplesmente ignorar o assunto. Sabemos que
infelizmente ainda temos muitos que criticam os homossexuais, inclusive aqui,
dentro dos nossos Templos.
Alguns desses críticos dizem que a Homossexualidade é uma
doença, outros dizem que é uma pouca vergonha, outros dizem que ela é um
desvio de conduta, outros dizem que ela é um problema psicológico, muitos
afirmam que é um trauma de infância...
Mas, porque criticam a Homossexualidade? Na maioria das vezes,
aquela pessoa que critica a Homossexualidade, é simplesmente porque ela
queria ser Homossexual, ela possui a tendência natural, mas morre de medo
da crítica, do julgamento, da opinião da família, dos amigos, dos companheiros
de jornada, dos outros Mestres e Ninfas!
Então, aquele que critica é simplesmente para provar para si mesmo
que não é Homossexual, isso é apenas uma forma dele ou dela se defender
dos próprios instintos, das próprias vontades, daquilo que a sua Alma busca,
mas que a sua mente não aceita porque foi condicionado a ver essa condição
como uma falta de conduta, por entender que é errado!
Então, na grande maioria das vezes, aquele que aponta o dedo,
aquele que critica, é apenas mais um Homossexual que não tem a coragem de
assumir a sua condição, seja por falta de esclarecimento doutrinário, seja por
falta de cultura social e também por medo das repercussões entre os amigos e
familiares..

HOMOSSEXUALIDADE

Falar de sexualidade já é um tema bem interessante partindo do princípio que é daquelas coisas que todos sentem desejo de saber mais e não tem coragem de perguntar; Falar de homossexualidade então;Polêmica à vista.
E falar de homossexualidade a luz das religiões; Aí e assunto para anos de debates kkkkk
Pois bem;
O objetivo aqui não é o de fazer apologia a nada;Porém temos obrigação moral de acompanhar a evolução da humanidade e entender de uma vez por todas o que é amor na essência de seu significado.
O mundo prova através de comportamentos preconceituosos que ainda acredita que amor só pode ser vivido entre pessoas de sexos opostos;evidentemente que não me refiro ao sentimento familiar e sim ao que une pessoas maritalmente falando.
Desse modo lhes pergunto; Não estaríamos a interpretar o amor a luz de nossa pequenez? Confundimos relações homossexuais com relações sexuais; é isso precisa ser desfeito.Gays e Lésbicas são passam o dia transando. A forma que escolheram para se relacionarem é até de uma coragem nobre.Pois não amam o corpo e sim o ser; de modo que as pessoas que optam por relações dessa natureza;Estão; em se tratando de interpretar o amor;anos luz daquelas que acham que isso se trata de doença e /ou pecado. O amor em hipótese alguma pode ser considerado pecado. O que religiosamente falando é contra as leis de Deus é não respeitar o próximo e diga -se de passagem a crescente violência doméstica contra as mulheres é que é imoral. A sociedade tem milênios de uma educação imposta a entender equivocadamente que homens podem tudo e mulheres não pode nada! E quando finalmente através do seu auto conhecimento a mulher resolve se emancipar encontra no meio do caminho uma confusão mental que as fazem confundir direitos de igualdade com masculinidade; o que nada tem a ver com opção de amor.e que tem gerado muita confusão na cabeças de jovens atualmente.
Psicologicamente falando; as mulheres são profundamente mais sensíveis que os homens;e essa busca pela emancipação feminina tem trazido a tona um quadro que cresce mais e mais a cada dia. As relações homossexuais entre mulheres. É evidente que junto com essa nova descoberta e essa coragem de admitir que amor é muito mais que fazer sexo com um homem; vem também todas as pedradas sociais. E a mulher deve está preparada para isso. O que caracteriza mentalmente a homossexualidade não é a pessoa se relacionar apenas sexualmente com alguém do mesmo sexo, isso pode ser apenas tesão. O que caracteriza é o envolvimento sentimental evidentemente que aliado as relações carnais que toda relação humana pede.
O que é imprescindível é que cada um de nós tenha a sensibilidade de reavaliar nossos conceitos de amor.

O que é de fato se apaixonar?
A doutrina espírita em o livro dos espíritos;tem uma pergunta que diz:
TEM SEXO OS ESPÍRITOS?
A resposta é: Não como entendeis;Pois que os sexos dependem da organização.Há entre eles amor e simpatia,Mas baseados na concordância de sentimentos.

Portanto: Nem somos homens e nem mulheres;ESTAMOS; Homens e mulheres
Corpos femininos e masculinos; foram criados por Deus única e exclusivamente
Para que através das relações sexuais entre eles se desse a continuação da espécie humana. É um direito pessoal de cada indivíduo escolher;como e a quem amar
As pessoas confundem relações sexuais com CASAMENTO AOS OLHOS DE DEUS.
Volto a repetir; As mulheres não são depósitos de espermas e nem os homens ANIMAIS DE REPRODUÇAÕ,COMO OS BOIS.
Há religiões que dizem que relações homossexuais são PECADO;Porque segundo eles
tá na bíblia ( e eu nunca vi) que isso é pecado e que sexo é apenas entre marido e mulhere.Deixemos a hipocrisia de lado;Pois quem conhece o próprio corpo através do toque das próprias mãos pela masturbação ;sabe que prazer é uma coisa muito pessoal; e que gozar independe de ser pecado ou não! Que reavaliemos nossos conceitos sobre amor e emoções. A ignorância a cerca das questões sexuais é que por anos tem feito de homossexuais enrrustidos; padres pedófilos, na igreja católica e de Pastores infelizes com suas esposas nas Igrejas evangélicas. Ao contrário do que se diz a doutrina espírita não faz apologia a homossexualidade. ELA DEFENDE O AMOR; EM TODAS AS SUAS FORMAS.



Livro:SEXUALIDADE A LUZ DA RELIGIÃO

"Mendiga"

Na vida nada tenho e nada sou;
Eu ando a mendigar pelas estradas...
No silêncio das noites estreladas
Caminho, sem saber para onde vou!

Linha o manto do sol... quem mo roubou?!
Quem pisou minhas rosas desfolhadas?!
Quem foi que sobre as ondas revoltadas
A minha taça de oiro espadelou?

Agora vou andando e mendigando,
Sem que um olhar dos mundos infinitos
Veja passar o verme, rastejando...

Ah! quem me dera ser como os chacais
Uivando os brados, rouquejando os gritos
Na solidão dos ermos matagais!...
(Florbela Espanca)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Carinho é fonte energética.

Carinho é fonte energética.
Carinho é caminho de amor.
Carinho nunca é demais.
A afetividade é importante, sim.
Pois, como um ser humano ainda imperfeito, ainda aprendiz, pode bastar-se a si mesmo?
Não, amigos, a individualidade, sem dúvida, é direito de cada um de nós.
Mas, em excesso, é egoísmo.
Viemos aqui para aprender.
Aprendizagem é sinônimo de troca de experiências,
troca de energia, troca de informações,troca de afeto, troca e troca...
Carinho é plumagem bonita, macia, gostosa de sentir.
Quem dá afeto se fortifica; quem o recebe se acalma, se tranqüiliza, se equilibra.
Carinho é sinônimo de amor, amigos.
Amor é bálsamo para a nossa condição de criança espiritual.
Criança precisa de amor para crescer psicologicamente, afetivamente e fisicamente saudável.
Criança precisa de apoio e de muita troca.
Portanto, também nós precisamos de afeto.
Não esqueçam desse detalhe amigos: amor é fonte de energia, é vida, é crescimento.
Dêem e aceitem todo o tipo de afeto com verdadeiro amor.
(D.A)


Enviado por Carla Reike

♥♥♥MULHER DESPIDA♥♥♥

Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente. Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.
Não conheço strip-tease mais sedutor

E é por isso que continuo me despindo!!!

(Martha Medeiros)

sábado, 12 de julho de 2008

Uma poesia minha...

Eu ando assim, meu amor:
O desejo aumentando...
Suspiros e devaneios,
Arfante roçar de seios,
Meu corpo está te chamando...

Percebo, dia após dia,
Que me desejas também.
E, enquanto não chega a hora,
Eu sonho, tal como agora,
Que desta vez você vem.

Que gosto terá teu beijo?
Um sabor de ambrosia
É o que estou imaginando,
Mas só saberei sugando
A tua boca macia...

Que aroma terá teu corpo?
Perfume de sedução...
Quero cheirá-lo inteirinho,
Saboreá-lo todinho,
Explodindo de paixão...

Nesta espera alucinada
Por tão ansiada festa,
Prazeres que tanto quero,
Em meu desejo sincero,
Aguardar é o que me resta.

Quero entregar-me inteira,
Com total insensatez,
Deixar-te me devorar,
E alucinadamente gozar
A nossa primeira vez...

Carla Reike

“O que eu quero”

Quero ser um poeta
Somente se você for minha musa
Quero ser seu poeta
Quero roubar o tempo
Para congela-lo num exato instante
Aquele em que estivermos juntos
E o amor, nosso amor, seja a razão
A nossa única razão
Mesmo não tendo nenhuma razão
Mesmo sendo de uma irracionalidade sem nexo
Sem sentido e totalmente sem lógica.

Quero ser um escritor
Somente se você for minha musa
Quero ser seu escritor
Quero roubar a lua
Para coloca-la sobre nossas cabeças
Linda, cheia, perfeita
Para iluminar nosso cenário de amor
Nosso cenário de prazer
Mesmo que não haja um porque
Mesmo sendo de uma falta de explicação total
Sem rumo nem prumo.

Quero muito mais do que simplesmente querer
Não quero um simples torpor de uma paixão
Não quero simplicidade
Eu quero complicação.

Quero muito mais do que simplesmente sexo
Não quero um simples tesão de uma excitação
Não quero simplicidade
Eu quero complicação.

Quero tudo
Quero você por inteiro
Não quero metade
Não quero só uma parte
Quero sua totalidade.

Quero a plenitude
Quero a cumplicidade
Quero sua essência
Quero você inteira
Com suas soluções e seus problemas.



Ricardo...

Amor

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Procura-te em ti mesmo

O equilíbrio interior é presente quando a tua atenção é direcionada a ti mesmo.

Os teus medos atenuam quando sentes a presença do amor em ti.

As tuas dúvidas cessam diante à tua certeza na vida, na alegria, na expansão do teu ser.

A tua solidão dá lugar ao preenchimento quando sentes o que o teu coração expressa.

A tua ferida encontra a cura quando descobres que não estás sozinho, quando descobres o quanto és amado e agraciado.

O teu choro é estancado quando a tua vontade em celebrar a vida é maior.

A tua inocência é resgatada quando descobres que nada mais és que a Criança de Deus.

E quando perguntas quem és, digo que és a perfeição que habita na paz de Deus.

És a essência que o Criador deixou para que o mundo fosse pleno, sem culpa.

Procura-te em ti mesmo para que possas percorrer-te e conhecer-te plenamente,para que depois possas ensinar aos teus as dádivas concebidas àqueles que descobrem já não estarem preocupados com os dias e as noites e sim com o momento presente, passo a passo, rumo ao grande despertar.

Autor Desconhecido


Enviado por Carla Rieke

NAS ÁGUAS DO TEMPO

Meu avô, nesses dias, me levava rio abaixo, enfilado em seu pequeno concho. Ele remava, devagaroso, somente raspando o remo na correnteza. O barquito cabecinhava, onda cá, onda lá, parecendo ir mais sozinho que um tronco desabandonado.
- Mas vocês vão aonde?
Era a aflição de minha mãe. O velho sorria. Os dentes, nele, eram um artigo indefinido. Vovô era dos que se calam por saber e conversam mesmo sem nada falarem.
- Voltamos antes de um agorinha, respondia.
Nem eu sabia o que ele perseguia. Peixe não era. Porque a rede ficava amolecendo o assento. Garantido era que, chegada a incerta hora, o dia já crepusculando, ele me segurava a mão e me puxava para a margem. A maneira como me apertava era a de um cego desbengalado. No entanto, era ele quem me conduzia, um passo à frente de mim. Eu me admirava da sua magreza direita, todo ele musculíneo. O avô era um homem em flagrante infância, sempre arrebatado pela novidade de viver.
Entrávamos no barquinho, nossos pés pareciam bater na barriga de um tambor. A canoa solavanqueava, ensonada. Antes de partir, o velho se debruçava sobre um dos lados e recolhia uma aguinha com sua mão em concha, E eu lhe imitava.
- Sempre em favor da água, nunca esqueça!
Era sua advertência. Tirar água no sentido contrário ao da corrente pode trazer desgraça. Não se pode contrariar os espíritos que fluem.
Depois viajávamos até ao grande lago onde nosso pequeno rio desaguava. Aquele era o lugar das interditas criaturas. Tudo o que ali se exibia, afinal, se inventava de existir. Pois, naquele lugar se perdia a fronteira entre água e terra. Aquelas inquietas calmarias, sobre as águas nenufarfalhudas, nós éramos os únicos que preponderávamos. Nosso barquito ficava ali, quieto, sonecando no suave embalo. O avô, calado, espiava as longínquas margens.
Tudo em volta mergulhava em cacimbações, sombras feitas da própria luz, fosse ali a manhã eternamente ensonada. Ficávamos assim, como em reza, tão quietos que parecia-mos perfeitos.
De repente, meu avô se erguia no concho. Com o balanço quase o barco nos deitava fora. O velho, excitado, acenava. Tirava seu pano vermelho e agitava-o com decisão. A quem acenava ele? Talvez era a ninguém. Nunca, nem por pinte, vislumbrei por ali alma deste ou de outro mundo. Mas o avô acenava seu pano.
- Você não vê lá, na margem? por trás do cacimbo?
Eu não via. Mas ele insistia, desabotoando os nervos.
- Não é lá. É lááá. Não vê o pano branco, a dançar-se?
Para mim havia era a completa neblina e os receáveis aléns, onde o horizonte se perde.
Meu velho, depois, perdia a miragem e se recolhia, encolhido no seu silêncio. E regressávamos, viajando sem companhia de palavra.
Em casa, minha mãe nos recebia com azedura. E muito me proibia, nos próximos futuros. Não queria que fôssemos para o lago, temia as ameaças que ali moravam. Primeiro, se zangava com o avô, desconfiando dos seus não-propósitos. Mas depois, já amolecida pela nossa chegada, ela ensaiava a brincadeira:
- Ao menos vissem o namwetxo moha! Ainda ganhávamos vantagem de uma boa sorte...
O namwetxo moha era o fantasma que surgia à noite, feito só de metades: um olho, uma perna, um braço. Nós éramos miúdos e saíamos, aventurosos, procurando o moha. Mas nunca nos foi visto tal monstro. Meu avô nos apoucava. Dizia ele que, ainda em juventude, se tinha entrevisto com o tal semifulano. Invenção dele, avisava minha mãe. Mas a nós, miudagens, nem nos passava desejo de duvidar.
Certa vez, no lago proibido, eu e vovô aguardávamos o habitual surgimento dos ditos panos. Estávamos na margem onde os verdes se encaniçam, aflautinados. Dizem: o primeiro homem nasceu de uma dessas canas. O primeiro homem? Para mim não podia haver homem mais antigo que meu avô. Acontece que, dessa vez, me apeteceu espreitar os pântanos. Queria subir à margem, colocar pé em terra não-firme.
- Nunca! Nunca faça isso!
O ar dele era de maiores gravidades.
Eu jamais assistira a um semblante tão bravio em meu velho. Desculpei-me: que estava descendo do barco mas era só um pedacito de tempo. Mas ele ripostou:
- Neste lugar não há pedacitos. Todo o tempo, a partir daqui, são eternidades.
Eu tinha um pé meio-fora do barco, procurando o fundo lodoso da margem. Decidi me equilibrar, busquei chão para assentar o pé. Sucedeu-me então que não encontrei nenhum fundo, minha perna descia engolida pelo abismo. O velho acorreu-me e me puxou. Mas a força que me sugava era maior que o nosso esforço. Com a agitação, o barco virou e fomos dar com as costas posteriores na água. Ficámos assim, lutando dentro do lago, agarrados às abas da canoa. De repente, meu avô retirou o seu pano do barco e começou a agitá-lo sobre a cabeça.
- Cumprimenta também, você!
Olhei a margem e não vi ninguém. Mas obedeci ao avô, acenando sem convicções. Então, deu-se o espantável: subitamente, deixámos de ser puxados para o fundo. O remoinho que nos abismava se desfez em imediata calmaria. Voltámos ao barco e respirámos os alívios gerais. Em silêncio, dividimos o trabalho do regresso. Ao amarrar o barco, o velho me pediu:
- Não conte nada o que se passou. Nem a ninguém, ouviu?
Nessa noite, ele me explicou suas escondidas razões. Meus ouvidos se arregalavam para lhe decifrar a voz rouca. Nem tudo entendi. No mais ou menos, ele falou assim: nós temos olhos que se abrem para dentro, esses que usamos para ver os sonhos. O que acontece, meu filho, é que quase todos estão cegos, deixaram de ver esses outros que nos visitam. Os outros? Sim, esses que nos acenam da outra margem. E assim lhes causamos uma total tristeza. Eu levo-lhe lá nos pântanos para que você aprenda a ver. Não posso ser o último a ser visitado pelos panos.
- Me entende?
Menti que sim. Na tarde seguinte, o avô me levou uma vez mais ao lago. Chegados à beira do poente ele ficou a espreitar. Mas o tempo passou em desabitual demora.
O avô se inquietava, erguido na proa do barco, palma da mão apurando as vistas. Do outro lado, havia menos que ninguém. Desta vez, bem o avô não via mais que a enevoada solidão dos pântanos. De súbito, ele interrompeu o nada:
- Fique aqui!
E saltou para a margem, me roubando o peito no susto. O avô pisava os interditos territórios? Sim, frente ao meu espanto, ele seguia em passo sabido. A canoa ficou balançando, em desequilibrismo com meu peso ímpar. Presenciei o velho a alonjar-se com a discrição de uma nuvem. Até que, entre a neblina, ele se declinou em sonho, na margem da miragem. Fiquei ali, com muito espanto, tremendo de um frio arrepioso. Me recordo de ver uma garça de enorme brancura atravessar o céu. Parecia uma seta trespassando os flancos da tarde, fazendo sangrar todo o firmamento. Foi então que deparei na margem, do outro lado do mundo, o pano branco. Pela primeira vez, eu coincidia com meu avô na visão do pano. Enquanto ainda me duvidava foi surgindo, mesmo ao lado da aparição, o aceno do pano vermelho do meu avô. Fiquei indeciso, barafundido. Então, lentamente, tirei a camisa e agitei-a nos ares. E vi: o vermelho do pano dele se branqueando, em desmaio de cor. Meus olhos se neblinaram até que se poentaram as visões.
Enquanto remava um demorado regresso, me vinham à lembrança as velhas palavras de meu velho avô: a água e o tempo são irmãos gémeos, nascidos do mesmo ventre. E eu acabava de descobrir em mim um rio que não haveria nunca de morrer. A esse rio volto agora a conduzir meu filho, lhe ensinando vislumbrar os brancos panos da outra margem.

Este belo texto, que considero uma obra de arte, é de um escritor moçambicano chamado MIA COUTO.




Varley

A Eternidade Do Instante

Fulgás e irreal esse estranho existe
Inevitavelmente me faz fugir amada
O que corre em minhas veias, para ficar triste
E minha boca descontente dá risada


O meu corpo que quer e resiste
Tudo e todos que meus olhos desagrada
Os dias, as semanas em que persiste
Ao sonho de uma vida mal-aventurada


Esse vento, essa doçura quando toca fere
Que quase te leva as estrelas
O nada sentir, doer prefere
Mesmo em toca-lá e não recolhe--lá


Mas vou vivendo cada instante
Vendo toda noite o apagar da chama
Que as vezes me embriaga delirante
Fazendo infinito gozo, o que é drama


O caminho é longo, a estrada escura
Porque nesse caminho sempre é madrugada
Onde o que mata, também cura
E eu deixo para trás, no alto a lua abandonada



Max Baptista

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.


Oscar Wilde

Uma viagem observatória

estou no ônibus,
e ele passa, passam casas e passam postes, passam pessoas e elas tambéms passam.
quem as leva não sou eu,
elas são transeuntes, obsoletas em encontrar a felicidade tão comentada pelo mundo.
estou em pé,
e assisto a pessoas q tem uma vida mediocre, se comparadas a si mesmas. Todas tão satisfeitas com o que já fizeram, que descansam em pleno momento de ascensão moral.
um lugar se vagou,
no ônibus, no cás, em qualquer parada - um aperto mais forte. Pessoas sendo observadas, por mim, por outras, e sentem-se necessárias no contexto em que vivem, e fazem uma experiência simples se tornar cada vez e mais conturbadora.
olhei e pensei,
se deixaria q a vaga me escapasse, se era o momento de parar a avaliação constante de meus suspostos semelhantes. Não, era o que eu tinha a dizer. Esperei
ela sentou,
mas não antes de sorrir com parcimônia, de canto de boca recebi um recibo de que tinha feito uma boa ação. Mas eu não me importei com a sua vida sofrida de 'proletariada' em pleno XXI, fiz por mim mesmo e faria de novo.
me cansei,
por uma escassez de vidas alheias q fossem interessantes, e merecessem minha avaliação. Foi momentâneo, não queria ser idagado por um esbarrão
que me desconcentrasse,
de uma auto avaliação, pois o vidro estava limpo e eu me enxergava, era a hora que eu esperava a tempos e nunca puder ter. '- Anda, não enrole!' pensei, mas não disse, era era vergonhoso.
Preto duro,
meu cabelo. Bagunçada e dura, minha sobrancelha. Constante e irritante, lamentava meu tic nervoso. E ainda sim não estava me avaliando, talvez por medo ou por não ter razão alguma de ter que me jogar contra a parede só porque achava sensato.
Sim,
era esse o motivo, era sim eu assumo. Tinha de fazer, era ali ou nunca. Segurei mais firme, no desembarque do sedentário comilão, me olhei nos olhos e percebi que...
Ela levantou,
pra descer e eu sentei-me ali, confortavelmente olhei para o banco da frente e não me vi. O que aconteceu com o rapazinho, intrigante que me aguçava as lembranças mais vagas possiveis,
não sabia,
e assim fiquei.

Gregório Darantes Costa

terça-feira, 8 de julho de 2008

A Nossa Amizade...

"Hoje eu queria lhe dar estrelas
brilhantes e coloridas, porque
considero você uma pessoa especial.
E é com você que quero celebrar
o sentimento da amizade.

Quantas coisas boas compartilhamos
Nosso encontro não foi casual,
estava escrito!
Teríamos que nos encontrar.
Talvez porque esta amizade
venha se fortalecendo
ao longo de várias vidas.

Mas o que importa é o presente
e o presente somos nós e a nossa amizade.
Que hoje as estrelas brilhem
com mais intensidade e, se você notar
algumas com um brilho diferente,
saiba que foram aquelas que eu
pedi a um anjo para lhe entregar.
Dedico a você com carinho..."

Linda Noite de Amor!!!
Fique na Paz e na Luz.
Doce Beijo.


By Carla Reike