terça-feira, 29 de abril de 2008

Para se conhecer melhor, cultive o silêncio

“Palavras em demasia se esgotam. Melhor é guardar o que está no coração”. (Guru Chinês Lao-Tzu no século 2)

Desaprendemos o valor do silêncio e fazemos de tudo para preenchê-lo nem que seja com discursos vazios. Ter discernimento ao falar e aprender a calar é um caminho para a paz interior.

No dia-a-dia somos engolidos por uma massa de ruídos produzidos por obras, ônibus, sirenes, gente e levamos para dentro de nós a agitação externa que se traduz em ansiedade e angústia. E a devolvemos para o exterior falando, falando até mesmo sem pensar.
Mas é compreensível. Vivemos numa sociedade que valoriza as atitudes incisivas onde tudo se fala e se discute.

Para muitos a ausência de ruído os coloca de frente à necessidade incômoda de ter de suprir o próprio vazio.
Quando acompanhados, sentem urgência de falar, qualquer coisa que seja, como se calados deixassem expostas a falta de assunto, de diálogo, de interesses em comum.

Economizar palavras nada tem a ver com a dificuldade de se comunicar ou mesmo de prestar atenção em quem está ao lado.

O silêncio une pois por meio dele também se constrói a intimidade.
Silenciar externamente quase sempre só é possível quando a mente serena. Piores que os ruídos externos são os internos, provocados por pensamentos desordenados.
Ao desacelerar a mente e melhorar a qualidade dos pensamentos, nos conectamos a nossa essência.
O Guru indiano Paramahansa Yogananda (1893-1952) dizia que só é possível conseguir paz de espírito quando se cria, dentro de si, um santuário de silêncio, livre de aflições, desejos e ressentimentos.

Ao calar, nos apropriamos do que realmente importa.
Sem silêncio, não arejamos a cabeça, o pensamento, a vida.
Quando a mente se apazigua, há menos urgência em falar e os barulhos externos não incomodam tanto.

Para introspecção e paz é preciso encontrar a pacificação interna. Nesse estágio os sentimentos afloram.
Antes de falar por falar analise se realmente você tem algo a dizer.

Síntese da matéria {sem palavras} da Revista Bons 08/06


Enviado por Déborah Gérbera


http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=49637966

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