segunda-feira, 7 de abril de 2008

os pais continuam nos filhos

Alguma coisa dentro de nós quer dar certo. Isto significa ser aceito. Aceito por quem? Pela família, em primeiro lugar. A família é sempre a ligação mais forte que todas as pessoas têm. A criança faz de tudo para ser aceita, do seu jeito, para poder pertencer, poder fazer parte. Aprendemos este comportamento desde pequenos.

Isto é o sistema familiar: a necessidade natural de perpetuação da família. O grupo familiar é um sistema vivo que age através de energias que estão sendo percebidas pelos membros do sistema. Todas as pessoas se sentem ligadas à sua família, ao sistema ao qual elas pertencem. Ser aceito pela própria família significa dar certo. Quando esta aceitação não acontece, surge o sofrimento.

Quando a criança não se sente aceita, carrega dentro de si, para sempre, uma carga que relembra o fracasso. Mesmo tendo sucesso na vida, este “fracasso” com os pais, com a família, pesa demais, é quase irrecuperável, enquanto não acontecer a harmonização entre os membros. Na tentativa de compensar essa dor, a pessoa tenta dar certo em outras áreas, se destacar, porém, isto acontece sempre através do esforço mental e emocional, não naturalmente e isso requer um grande esforço.

A busca que está por detrás deste comportamento é a aceitação pelos pais. E às vezes eles falam “não”. E isto não é contra o filho! Eles têm os seus próprios motivos, as próprias malas para carregar. Os filhos costumam esperar que os pais sejam totalmente livres para eles, porém os pais, pelo lado deles, também estão envolvidos em outras histórias do passado, que os filhos desconhecem. Isso agrava a possibilidade de manter o coração livre e viver no momento presente.



Terapeuta alemâ Theresa Spyra

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