quinta-feira, 28 de agosto de 2008

CUIDAR DE SI MESMO



Como é que você vê o mundo ao seu redor?
Se, de vez em quando, o mundo lhe parecer um tanto escuro, preste muita atenção, pois pode não ser bem assim.
E para que você perceba que tudo depende do jeito que a gente vê, vamos contar uma pequena história.


O jovem casal mudou-se para um bairro muito tranqüilo. Na primeira manhã que passavam em sua nova casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou no varal que a vizinha pendurava os lençóis lavados e comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

O marido observou calado. Três dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha pendurava seus lençóis e novamente a mulher comentou com o esposo:

- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E assim, a cada três dias, a mulher repetia seu discurso enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.

Passado um mês, a jovem esposa se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos e, empolgada foi dizer ao marido:

- Veja! Ela aprendeu a lavar as roupas! Será que a outra vizinha lhe deu sabão? Porque você não fez nada, não é mesmo?

O marido lhe respondeu calmamente:

- Não, eu não lhe dei sabão nem fui ensiná-la a lavar roupas, meu bem.

- Acontece que hoje eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da nossa janela! Creio que era a sujeira que impedia você de ver a brancura dos lençóis da nossa vizinha.


Pois bem, se você estiver vendo apenas coisas negativas nas pessoas ao seu redor, talvez fosse interessante dar uma olhada na sua vidraça.

Tantas vezes, o que pensamos ser uma mancha escura no vizinho, não passa de um ponto de vista equivocado ou de uma visão distorcida.

A nossa visão de mundo, portanto, depende da janela através da qual observamos os fatos.
Ela pode estar manchada pelo lodo da inveja, pela poeira da incompreensão, pelos respingos do orgulho, ou algumas nódoas de mágoa. Seria interessante que, antes de criticar, olhássemos primeiro a nossa situação: se estamos fazendo alguma coisa para contribuir ou se apenas nos limitamos a falar mal de coisas e pessoas.

E podemos começar olhando para os nossos próprios defeitos e limitações para poder entender e compreender as deficiências do semelhante.

Jesus chamou-nos a atenção dizendo que enxergamos facilmente o cisco no olho do próximo, mas não vemos a trave que tem no nosso.

Por essa razão, é importante que antes de lançar qualquer comentário infeliz sobre os outros, olhemos primeiro se a nossa janela está bem limpa e transparente.


Dinho

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