quarta-feira, 25 de junho de 2008
POEMA DE UM VERSO.
Não sou lágrima...
Mas já molhei muitos rostos
Não sou o sorriso...
Mas ofertei muitas gargalhadas.
Não sou à noite...
Mas já brindei com muitas estrelas.
Não sou a brisa...
Mas já encantei muitas auroras.
Não sou o não...
Mas já dissimulei o perdão.
Não sou o verdugo...
Mas já fui à mão que abate.
Eu sou a brisa sem rumo...
A folha que se desvencilhou do galho.
O perfume que se perdeu no vazio.
A flor que morreu sem ser botão.
Sou o pensamento que vaga,
Buscando numa eternidade abstrata...
O descanso da alma perdida.
A lágrima que jamais será um pranto.
Busco-te sem fronteiras...
Não importa o tempo...
Quando sorrir o universo,
Tu serás a luz, o meu poema...
...Em um único verso.
THOMAZ BARONE NETO.
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