quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Solidão

...Tudo já está consumado na solidão.
A voz do anoitecer depois da chuva
multiplica as sombras em que me movo.
O sono rouba a alma de cada coisa.
O sem sentido é o ninho de harmonias
onde o mistério pousa como a saudade.
Inesperado o meu amor é tão imenso
Como o noturno deserto.
A voz do anoitecer despedaça-me
em confissões de vida.
Meu amor alonga as estradas da despedida
e é como se ainda fosse ontem

(Joseph Bandeira)

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