terça-feira, 6 de julho de 2010

Minutos com Pastorino

Coloque Deus, conscientemente, em tudo o que faz, em todos os seus problemas, e verificará que seus sofrimentos se transformarão em experiência e aprendizado.
Coloque Deus em todos os seus pensamentos, e sua Vida se transformará num hino de alegria e louvor, porque as dores se esvairão como as trevas, que desaparecem aos primeiros clarões das luzes da aurora...

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Seja alegre e otimista!
Quando se dirigir a seu trabalho, faça-o de coração alegre.
O trabalho que você executa é digno de sua pessoa.
Por menor que pareça, é de suma responsabilidade para você e para o mundo.
Não se esqueça jamais de agradecer a Deus o trabalho que lhe proporciona o Pão de cada dia.
Chegue ao local do trabalho com o coração feliz, e o trabalho se tornará um passatempo, um estimulante, que lhe trará, a cada novo dia, imensas alegrias e felicidade incalculável.

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Deus nos guia sempre, dando-nos a orientação de nossa vida.
Mas precisamos ser receptivos, para ouvir Sua voz, sabendo-a interpretar através das circunstâncias que cercam nossa vida, levando-nos ao maior progresso espiritual de nosso ser.
Procure meditar silenciosamente, para ouvir a voz de Deus, que o guia, sem jamais abandoná-lo.

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Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha.
Não desanime no meio da estrada: siga à frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo.
Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada.

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Não se esqueça de que, qualquer que seja sua posição na vida, há sempre dois níveis a observar: os que estão acima e os que estão abaixo de você.
Procure colocar-se algumas vezes na posição de seus chefes; e outras vezes na posição de seus subordinados.
Assim, você poderá compreender ao vivo os problemas que surgem dos dois lados.
E, desta forma, poderá ajudar melhor a uns e a outros.

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Não limite o poder de sua vida!
Não pense que conseguirá tudo o que deseja, "numa só existência".
Mas confie, porque a vida é eterna, infindável.
Não pense também que, depois desta, irá iniciar uma vida diferente: nada disso!
Esta mesma vida é que continuará sempre.
Portanto, procure aumentar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, verificando como é rápido o momento atual, comparado com a eternidade!

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O mundo está cheio da Luz Divina!
Procure percebê-la e sentir em si as irradiações benéficas, que se derramam sobre todas as criaturas, aproveitando ao máximo o conforto que isto lhe trará ao espírito.
Olhe tudo com olhos de bondade e alegria!
Busque descobrir a Luz que brilha dentro de você e dentro de todas as criaturas, embora, muitas vezes, esteja ela recoberta por grossa camada de defeitos!


Carlos Torres Pastorino
Do livro, Minutos de Sabedoria

Desenvolvimento Mental

Só a própria criatura pode desenvolver sua mente, embora seja viável obter influxos de influências externas, por obra de oradores, escritores, professores, etc. A leitura, entretanto, só faz evoluir o intelecto, não a mente; esta só é treinada pelo pensamento meditativo firme e concentrado, em determinados setores, como a Verdade, o Bem e a Beleza.

Para desenvolver a mente, temos que mantê-la em treino constante, sem jamais largá-la abandonada, a fim de que não seja atingida por pensamentos discordantes, provenientes de outras mentes encarnadas ou desencarnadas. A mente jamais deve permanecer em passividade. Só a mente capacitada a manter-se estável pode desenvolver-se. Dai a necessidade dos exercícios de concentração mental, de atenção aplicada, de estudos sérios, de reflexão precisa, e de tornar-se “criador”, não apenas receptor de formas mentais.

Quem deseja desenvolver sua mente tem que vigiá-la a cada segundo de suas horas de vigília, para só permitir que ela produza vibrações construtivas. Dessa forma, firmará uma tônica básica de elevação que lhe facilitará a tarefa. Com essa vigilância (isto é, viver despertos, acordados, e não em estado de adormecimento, pois esse é o sentido do “vigiai”), a mente evitará qualquer discussão, por mais elevada que seja, pois para discutir terá que abrir os canais mentais para receber as idéias alheias.

Para isso, é mister que “despertemos”, isto é, que saiamos desse estado de semi-sonolência dos homens involuídos, que só têm no plano mental idéias alheias, de tal forma que, se não fossem essas idéias, eles nem poderiam “pensar”. Inegavelmente é essa reflexão de idéias alheias, de fora, que vai paulatinamente formando na criatura o chamado “corpo mental”, até que, por evolução, ela consiga possuir o próprio. Mas quando isso ocorre, é indispensável dar um passo à frente, liberá-lo das influências externas, e aprender a “despertar” e permanecer vígil, pelo menos nas horas do dia em que não dorme.

Até, que, mais evoluído ainda consiga manter-se desperto mentalmente, mesmo enquanto seus veículos físicos e astrais dormem à noite. A ordem de Jesus “ Orai e Vigiai " explica exatamente isso: manter-se a criatura permanentemente (dia e noite) “desperta” e ligada às forças brancas, em “oração”, o que é conseguido com o mergulho interno e a união definitiva com o Cristo.

Nesse ponto, a consciência atual se transfere do corpo físico e das emoções, para o plano mental, e a criatura dá um salto à frente: sua mente passará a ser ativa, criadora, feliz, pois grande parte de nossos sofrimentos provêm da indisciplina mental, e todo o nosso futuro depende de nossos pensamentos atuais.

A Mente criadora é o primeiro aspecto da “Trindade humana”, e corresponde à ação do Espírito Santo; a Vontade, o segundo aspecto, é a manifestação do Pai; e o Amor, resultante da mente unida à Vontade, é o espelho do Filho, terceiro aspecto da Trindade divina.


Carlos Torres Pastorino

Do livro “Técnica da Mediunidade”, de Carlos Torres Pastorino

Alma – Espírito

A criatura humana desencarnada (fora do veículo de carne) reveste-se de um envoltório de matéria astral, isto é, de fluidos próprios ao plano astral em que se encontra. Esse envoltório mantém a mesma forma (idêntica em seus mínimos pormenores, até, por vezes, reproduzindo cicatrizes) do corpo físico que a revestia na Terra; muitas vezes conserva até mesmo a forma do vestuário que costumava usar.

Essa figura recebe, nas religiões ortodoxas, o nome de “alma”; no espiritismo é chamada “espírito desencarnado”, ou simplesmente “espírito”. Kardec, tomando os dois termos, tenta defini-los: “alma é o espírito encarnado; espírito é a alma desencarnada”
(Livro dos Espíritos, Resposta nº 134).

A Teosofia diz que ''alma é a individualidade humana, ligação entre o espírito divino e sua personalidade inferior; é o EGO (manas pensador); a inteligência é a energia de manas, que opera através das limitações do cérebro” (A. Besant, La Sagesse Antique, pág. 99).

Na “Sabedoria do Evangelho” costumamos chamar “alma” (proveniente de ánima) o principio vital que vivifica a matéria à qual se liga, e não apenas a do homem, pois o próprio animal a possui (daí sua denominação universal), e as plantas também (a “alma vegetativa” de Tomás de Aquino). Então, usamos o termo “alma” com o sentido tradicional da filosofia ocidental. Quando esse princípio vital, que constitui a personalidade (e não a individualidade) larga a matéria, nós o denominamos, como Kardec “espírito” (com “e” minúsculo) que continua sendo a mesma personalidade, apenas fora da carne. Quanto à individualidade, nós a denominamos sempre o “Espírito” (com “E” maiúsculo), por falta de outro termo na língua. Veio-nos a idéia porque consideramos Jesus o modelo e protótipo da Individualidade, e a Ele Bahá’u’lláh chamava sempre “Sua Santidade o Espírito”.

Temos, pois:

Personalidade encarnada : Kardec = alma / Nós = alma / grego = psichê.
Personalidade desencarnada : Kardec = espírito / Nós = espírito / grego= daimôn.
Individualidade : Teosofia: alma / Nós = Espírito / grego = pneuma.

A localização do espírito desencarnado se dará, nós o vimos, automaticamente de acordo com sua sintonia vibratória, permanecendo no plano astral enquanto estiver vibrando, com seu pensamento, na personagem ou personalidade que revestiu durante sua vida física. O plano será aquele a que for atraído por igualdade de onda.

Se, no entanto, conseguiu, mesmo como encarnado, localizar-se e viver na individualidade, passará no plano astral apenas o tempo necessário ao desligamento da memória da vida terrena e ao desfazimento de seu corpo astral. Nos espíritos evoluídos, cerca de trinta a quarenta dias. Mas é muito variável esse período: pode durar anos. Logo após essa libertação (também chamada “segunda morte”) o espírito que vive na individualidade passa a seu plano próprio, o mental.


Carlos Torres Pastorino,
Do livro, “Técnica da Mediunidade”, de Carlos Torres Pastorino.

Corpo Astral

O corpo astral é o molde, ou a forma, por onde se modela o corpo físico-denso. Poderíamos, talvez, exprimir mais verdadeiramente o que se passa, dizendo que o corpo astral se condensa ou se congela no físico-denso. Job utilizou uma expressão (mais de 1.500 anos antes de Cristo!) que é bem realista: “derramaste-me num jarro como leite, e como queijo me coagulaste, tecendo-me de ossos e nervos e vestindo-me de carne e pele”. (Job, 10: 10-1 1) referia-se à materialização do corpo no líquido amniótico no útero materno.

Mas os fatos se passam bem assim: o corpo astral é constituído de células de fluido astral, com sua vida própria. Essas células de tecido astral acompanham a evolução do espírito nas diversas e sucessivas existências, evoluindo elas também, porque já pertencem ao reino animal, embora monocelulares. Mas são como que agregadas permanentemente ao corpo astral de cada indivíduo, com ele evoluindo enquanto ajudam sua evolução.

Ora, a cada nova encarnação da criatura, quem se “materializa” são exatamente essas células, cada uma de per si, cada uma dentro das funções que lhe cabem, cada uma cumprindo seus deveres especializados, tudo bem gravado no DNA, em código cifrado. Então, o conjunto das células astrais forma o CORPO ASTRAL. Materializadas as células astrais, temos como resultado palpável em nosso planeta, o CORPO FISICO. Por Isso dizemos que o corpo físico é a “condensação” do corpo astral.

Ora, obedecendo, como vimos, ao pensamento, a matéria astral toma a forma que a essência do pensamento subconsciente plasma. Dai ser o corpo físico a manifestação visível do corpo astral invisível. E este comanda aquele por intermédio do sistema nervoso, que é o intermediário adrede construído.

Dizem os cientistas que as células do corpo humano se renovam todas (menos as nervosas) de sete em sete anos, sendo que a vida de algumas é muito mais breve. O que ocorre é que o corpo físico das células, cada uma de per si, envelhece e morre e a célula torna a reencarnar. A prova disso é que as cicatrizes superficiais desaparecem, quando não atingem o corpo astral das células, mas apenas seus corpos físicos, e então elas reencarnam no mesmo lugar. Mas quando o ferimento atinge seus corpos astrais, expelindo-os do lugar, a cicatriz permanece, porque não vêm outras células para substituir as que voltaram ao acervo do plano astral.

Como vemos, só a parte mais condensada, a menor e mais limitada, a mais rígida e sólida, o corpo físico-denso, é que tem capacidade para manifestar-se em nosso globo.
Toda a parte mais etérica e espiritual, muito maiores e mais fluídicas, não são percebidas por nossos sentidos.


Carlos Torres Pastorino
Do livro, “Técnica da Mediunidade”, de Carlos Torres Pastorino